Serra do Cipó/MG: para quem é apaixonado por natureza.
- Valdinara Crippa

- 21 de jul. de 2022
- 4 min de leitura
Serrá do Cipó é um dos destinos lindos de descanso e natureza pertinho de BH, a apenas 100km da capital mineira, acessada por estrada asfaltada e bem conservada via Lagoa Santa, chega-se em Santana do Riacho, município onde fica as principais atrações de Serra do Cipó. Um verdadeiro paraíso de ecoturismo, com quilômetros de área de preservação e muitas cachoeiras lindas a gente vê por aqui! Se você gosta de contato com a natureza não vai faltar coisa boa pra fazer no Cipó.

O nosso roteiro foi de apenas 2 dias e dividimos em trilhar e conhecer duas cachoeiras mais queridinhas do local, e um dia de descanso total em uma pousada que é puro charme e com uma área de lazer divina: a Pousada Carumbé. (Clica no link que tem um post só para mostrar mais dela. :D)

No primeiro dia conhecemos a Cachoeira Véu da Noiva, ficava pertinho da pousada e ganhamos um voucher da hospedagem que deu um desconto no ingresso. No parque tem uma "piscina natural" logo na chegada para tomar banho, e para a cachoeira principal a trilha é de uns 15 minutos, sinalizada e com infraestrutura de corrimão, mas pra descer mesmo na cachoeira eu achei um pouco mais complicado, são muitas pedras pra descer e tem pouco lugar pra ficar na margem, além de ser funda (fiquei com medinho de descer), daí quem se arriscou foi o só o Christian que sempre é o corajoso de nós pra essas aventuras, rsrs. Detalhe que dessa vez a viagem foi em janeiro, então era verão, sol bom, que foi maravilhoso pra curtir a água sem que estivesse gelada, rsrs. A cachoeira é muito bonita, uma queda d'água de uns 30 metros de altura, só a contemplação dessa belezura já valeu a visita. A entrada integral custa 40 reais por pessoa (preço de 2021) e pode ficar o dia inteiro, sair e voltar com a pulserinha.
A outra cachoeira que conhecemos foi a Cachoeira Grande, que fica no Parque Zareia, essa pra mim foi fantástico conhecer, pois fizemos trilha pelo parque, descobrimos vários locais de rios e corredeiras que formam da cachoeira, um mais lindo que o outro. A entrada pro parque custa 40 reais por pessoa (preço de 2021), também dá direito de permanecer o dia inteiro, podendo sair e retornar com a pulseirinha. Uma dica importante é levar água e um lanchinho, por que no parque não tem estrutura de lanchonete, mas há banheiro e estacionamento na portaria. Gostamos demais dessa, curtimos um dia de relaxamento e total contato com a natureza muito bom.
A Cachoeira Grande é um dos principais cartões postais da Serra do Cipó, com 60 metros de extensão e queda de 10 metros de altura. Fizemos a trilha pra conhecer o topo dela, e depois a trilha por baixo onde caímos na água. Da portaria até a cachoeira a trilha é super fácil e tem distância de aproximadamente 1km.

Existem outras cachoeiras que não conhecemos dessa vez, além de outras atividades ligadas ao ecoturismo pela região, como os famosos cicloturismo e o trekking do Vale do Travessão. Serra do Cipó está no meio de um cenário de cerrado lindíssimo e cada passeio lá é com certeza muito especial.

A noite fica por conta de curtir o centrinho e a culinária local (como estava ainda na pandemia, retornando aos poucos, os horários de funcionamento ainda estava reduzido e com restrições na capacidade, poucos estabelecimentos também estavam funcionando), ficamos nas duas noites numa galeria com vários barzinhos ali no centrinho, chamado Shopping Aldeia Cipó, um ambiente bem arrumadinho e muito gostoso, lá conhecemos a Pizzaria Margherita em uma noite, muito gostosa, e tem bastante opção vegetariana no cardápio também, e na outra noite conhecemos o restaurante Tapiadas (esse foi a nossa cara, nos marcou muito o bom atendimento e apresentação linda dos pratos, mas o ponto alto que entrou pra nossa recordação gastronômica foi o melhor pão com lombo suíno e molho caseiro de mostarda e mel que já comemos na vida!! Um espetáculo, e o preço ainda nem se fala, maravilhosooo!!)

Falar em Serra do Cipó, também não podemos deixar de falar no ilustre Juquinha, né?! Por onde você for por lá você vai ver menções dele, em estátuas e algumas referências sobre ele. Pois bem, Juquinha foi um andarilho que viveu ali pela região, ele gostava de andar pelos campos, colhendo flores e mudas para oferecer aos visitantes, muitas vezes trocava até por algum objeto ou comida também, mas a questão maior era a interação mesmo. Ele vivia junto a natureza e dizem que ele tinha muito apego as montanhas e as paisagens da cidade. Também contam que ele era cometido por uma doença rara o acometia, fazendo com que seu coração parasse de bater, parecendo morto, e algum tempo depois ele retornava a vida, diz que aconteceu isso uma duas vezes, e na época não sabiam muito sobre a doença, ele virou uma lenda de que ele era "imortal", um "ser enviado dos deuses", um prato cheio pros contadores de história, né?! Juquinha se tornou uma figura extremamente popular e querida da cidade, morreu mesmo no ano de 83, e em 87 com toda essa fama de Juquinha na cidade, dois prefeitos da região resolveram homenagear e registrar essa história, encomendando a artista plástica Virgínia Ferreira pra esculpir uma estátua de Juquinha no alto da serra e que hoje virou um ponto turístico muito visitado na região, e assim ele se tornou o "guardião da Serra do Cipó".

































































































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